Instituto Ação Climática lança cartilha “Guardando a Terra, Protegendo o Clima” no G20 Social

No dia 14 de novembro de 2024, no âmbito dos eventos oficiais do G20, o Instituto Ação Climática, em parceria com os escritórios Hotta Advocacia e Pogust Goodhead, promoveu a mesa de debates intitulada “Guardando a Terra, Protegendo o Clima” para o lançamento do boletim informativo de mesmo nome.  

O material aborda a necessária interseção entre a demarcação de terras indígenas e o enfrentamento da crise climática no Brasil, com o objetivo de engajar gestores públicos, sociedade civil, ativistas, organizações e movimentos sociais.     

Por meio de estudos e dados científicos, o documento mostra como a demarcação de terras indígenas se apresenta como uma ferramenta essencial para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, o boletim alerta sobre os impactos negativos da tese do “marco temporal” e reforça a importância de proteger os territórios tradicionais para garantir um futuro ambientalmente sustentável.     

 

 

Veja como foi o lançamento no G20  

O evento oficial no G20 trouxe um debate enriquecedor sobre a interseção entre povos indígenas e justiça climática. O painel foi mediado pelo diretor do IAC, Gabriel Mantelli, e trouxe à tona questões cruciais relacionadas às mudanças climáticas, ao racismo ambiental e ao papel dos territórios indígenas na preservação ambiental.     

Entre os participantes, destacaram-se Yuri Pataxó (APIB) e Maycon Krenak (cacique da aldeia Borum Ererre), que compartilharam relatos sobre os desafios enfrentados por suas comunidades diante dos ataques às suas terras e aos direitos dos povos indígenas, das mudanças climáticas e das injustiças ambientais.  

Já as pesquisadoras Paula Guarido (IPAM) e Paula Máximo (PUC-Rio) contribuíram com análises aprofundadas sobre como os territórios indígenas funcionam como barreiras contra o desmatamento, evidenciando sua importância para a proteção climática.  

O evento contou ainda com a presença ilustre de Daniela Mercury, cantora e membra da Comissão ARNS, que trouxe uma perspectiva engajada, reforçando sua preocupação com a tese do marco temporal e as violações de direitos dos povos indígenas.    

O sócio do Pogust Goodhead e Chairman do Hotta Advocacia, Felipe Hotta, também participou do evento, denunciando o elevado número de crimes ambientais sofridos por essas comunidades. Ele destacou como os desastres ambientais impactam gravemente a saúde física das populações indígenas e comprometem a continuidade de seus modos de vida tradicionais.    

Com esse debate, esperamos contribuir para que populações indígenas tenham suas vozes ouvidas e que novas políticas públicas levem em conta os seus modos de vida e tradições, bem como reconheçam sua vital importância para a preservação do meio ambiente e manutenção da estabilidade climática. 

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